Se existe diferenças entre quem lê e quem insiste em ler, então não custa ler de novo! A magia de conhecer está em cada nova descoberta a partir de uma releitura.

domingo, 21 de outubro de 2012

Mais Que Humanos: Animais

Minha Gata Dhyn
As representações estão presentes em qualquer ser vivente. Por meio de expressões, representações simbólicas e de forma única no ser humano, pela fala que é uma linguagem que exprime a sensação pela qual este está passando. Quando se estabelece esta similaridade ao homem ao mesmo tempo o coloca diante uma responsabilidade também única de expressão não só de si como falante, mas principalmente por ter uma corresponsabilidade com os que não têm esta capacidade, ou seja, os chamados cientificamente de animais irracionais. Na atualidade cada vez mais o ser humano busca se relacionar afetivamente com os animais sejam estes de estimação ou não. Esta busca implica naturalmente por uma compreensão e ressignificação simbólica da linguagem em especial no que se refere a sua expressão corporal que por meio do estudo do comportamento de cada espécie é então resinificado pela ciência e tomada como padrão comportamental passando a ser validado para uma compreensão futura de determinado comportamento de qualquer animal da espécie estudada.
Em um ambiente natural, determinado animal tem um comportamento eminentemente norteado por dois pontos principais: instinto de sobrevivência e vida em matilha ou bando que segue um ciclo padrão, pois é praticamente impossível a um animal sobreviver solitariamente já que seria uma presa fácil para o predador. Este comportamento padrão é o que torna possível estabelecer relações de significado sobre o que determinado animal esta sentindo e qual a causa deste sentir.  Cada gesto é minunciosamente estudado e apreendido e algumas espécies são similares aos humanos como os Chipanzés, por exemplo, que devido as suas similaridades estes são utilizados em experiências científicas que tem por objetivo entender qual reação o homem teria diante de determinada experiência ou situação limite para o corpo humano.
Partindo inicialmente de uma necessidade científica de entender o comportamento animal, o homem não se limitou apenas em observar mais passou a interferir neste habitat mortificando-o e se tornando o maior predador destes animais acabando com sua forma de vida em detrimento de uma expansão territorial e de consumo de recursos naturais pelo homem. Por esta relação desigual de forças algumas espécies de animais passaram a conviver mais perto dos centros urbanos e passou-se a observar o homem e assimilar seus padrões de comportamento estabelecendo assim uma relação entre símbolos, em especial relacionada à alimentação e a segurança que este busca fora da natureza, observa o humano por extinto de sobrevivência e estabelece com este uma relação mais próxima.
Animais estão hoje na pauta não apenas com relação a questões ligadas a estudos científicos ou eminentemente ambientais, mas fazem parte de uma preocupação mais humana de sentimento de pertencer entre espécies. Nesta relação o homem tem uma visão humanizada dos animais um sentimento de preservação de ambas as espécies, em comum se tem a consciência de que somos todos seres vivos e devemos nos relacionar de maneira harmônica para preservação de ambos. 
Nesta nova tendência de acolher os animais com relação as suas necessidades a sociedade criou os mais diversos organismos independentes que buscam compreender a forma como os animais expressão suas necessidades e procuram adaptar o ambiente da melhor forma. Isto fica comprovado quando se constata iniciativas como, por exemplo, a criação do primeiro Hospital Público para animais na cidade de São Paulo, isto é uma prova em conteste da busca do homem que se localiza em centros urbanos atender a uma demanda social crescente que é hoje de se ter atendimento especializado para animais.
Nos grandes centros urbanos a maneira como alguém se relaciona com seu animal de estimação é em muitos casos uma tentativa de humanização simbólica destes animais, que são tratados como verdadeiros membros da família e isto se deram no decorrer do tempo. Foi-se estabelecendo relações de afeto que por sua vez fazem do animal em muitos casos o centro de afeto de uma residência e este perde assim seu instinto próprio e se aproxima mais do ser humano.
Esta maneira simbólica esta presente as especialidades humanas. Cada vez mais médicos veterinários se especializam e pesquisam novas maneiras de tratar doenças em animais com certa similaridade humana; está é mais um vertente da assimilação simbólica feita pelo homem. Esta busca esta cada vez se ampliando com o avanço da ciência no que se refere ao comportamento e a constituição seja na sua genética biologicamente ou em especial neurologicamente, os animais tem seu grau de importância.
Os animais estão também sendo vistos e considerados na escala de consumo a cada dia. Mais produtos estão sendo fabricados para atender a necessidade humana, sendo que os animais não possuem qualquer relação de consumo. Não compram roupas, não precisam de shampoos, cremes ou brinquedos. Sua relação com o humano é puramente de afeto. Quando por exemplo veem um brinquedo na mão de seu dono, ficam felizes e correm ao seu encontro, não necessariamente pelo objeto, mas por quem esta segurando tal brinquedo e nesse ponto os animais são bem ‘sinceros’. Não brincam na maioria das vezes por que gostam, mas sim porque percebem que seu dono gosta da brincadeira e com isso permanece ao seu lado (necessidade de atenção).
Esta relação de afeto por parte do homem também não é por um simples cuidado com um ‘bichinho’ de estimação, mas por causa de uma relação ligada a fatores como: solidão, perda de um ente querido ou por encontrar no animal uma amizade verdadeira e sem preconceitos. Tratar esta relação de maneira afetuosa diante da uma busca do humano por tornar o animal mais próximo de si também de forma emocional. Não se tem nesta proximidade de homem - animal uma relação apenas científica tanto que se dá um determinado nome ao animal ao qual ele assimila quando é chamado e a partir desse vínculo nos parece que a relação emocional entre um e outro vai se aprofundando, vemos e temos reações de afeto como, por exemplo: Chegamos a casa e o animal de estimação vem logo ao nosso encontro, queremos ver nesse ato uma relação explicitamente humana de carinho. Olhamos para ele, buscamos perceber sua forma de olhar e de se comportar correspondendo ao nosso pedido e ao nosso desejo de ser buscado.
Nesse contexto se estabelece uma particularidade com relação ao afeto e de como este se dá em alguma situação específica que venha interromper o que o animal já assimilou em seu ciclo de comportamento, pois o animal age instintivamente com rotinas a partir do momento que passa a ter “donos”.
Se algo ocorre de forma diferente ao ambiente já acostumado pelo animal como a ausência de seu dono este percebera não pela falta que o dono faz ao seu ambiente, mas pelo semelhante que acha que tem enquanto espécie. Por esta razão tem comportamentos parecidos com o do homem que fica triste com a ausência de algo ou alguém que participa de sua vida, não se alimenta direito, não procura, mas chamar a atenção das pessoas da casa entra outros. Tudo isso se percebe no animal quando ele se sente só, pois seu ambiente é o familiar e se ele cresceu já dentro de um ambiente de quatro paredes e não conheceu seu habitat, logo ele ficará doente com as mudanças de comportamento de seu dono.         
O carinho humano modifica tanto o animal que muitos parecem nos entender completamente. Alguns adquirem semelhanças tão próximas que acabam nos assustando com iniciativas que achamos que não são capazes ou que isso ou aquilo chamam sua atenção.
          Agora como um animal consegue sentir sentimentos tão próximos ao nosso? E como um animal sabe que voltarei para casa? Seus sentidos os fazem parecer conosco? Ou existe outra forma de comunicação, que não percebemos mais que usamos com eles? Será que ao ter uma atitude com meu ‘bichinho’ de estimação eu consigo passar para ele as sensações que tenho quando as faço com ele?
A partir dessas perguntas não posso mais dizer que meu gato ou cachorro agem de certa forma por causa da rotina que já se habituou, pois como vou explicar a atitude de animais que agiram para salvar seus donos ou mesmo uma pessoa qualquer. Será que nos delimitamos a pensar que os animais só conseguem nos fazer sorrir e correr atrás de brinquedos? E o que é que o animal então não pode?

Alguns Exemplos de Animais Heróis tirados de:
http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/0,,MUL1321486-6091,00-CONHECA+SETE+ANIMAIS+HEROIS+QUE+SALVARAM+SEUS+DONOS.html
1 - Ronnie foi pescar atum nas águas agitadas da baía de Puerto Princesa, quando uma tempestade veio sobre ele e virou o barco de cabeça para baixo. Após lutar 24 horas com as ondas, em um bote, Ronnie já estava perdendo as forças, quando veio do nada um bando de cerca de 30 golfinhos e um par de baleias e começaram a empurrar de ambos os lados. Os golfinhos começaram alternadamente a empurrar o pequeno bote salva-vidas com suas nadadeiras peitorais em direção a terra. Ronnie disse que desmaiou enquanto os golfinhos realizavam a tarefa de lhe empurrar para a praia, quando acordou já estava na praia de Barangay onde foi ajudado pelos moradores locais.
2 - A americana Debbie Parkhurst, de 45 anos, estava comendo uma maçã em sua casa em março de 2007 quando um pedaço da fruta entalou em sua traqueia. Quando já começava a sufocar, ela foi salva por uma massagem de seu cão de estimação chamado 'Toby'. (Foto: Cecil Whig/AP) 
3 - O pastor alemão Buddy conseguiu salvar uma vida em setembro de 2008. O cão ligou para o serviço de emergência (911) en Phoenix, nos Estados Unidos, quando seu dono, Joe Stalnaker, passou mal em casa. Cão pressionou uma tecla já programada e telefonou para o 911. (Foto: AP) 
4 - Um adolescente chileno de 15 anos foi salvo de um incêndio pelo próprio cachorro, em Concepcíón, a 500 quilômetros de Santiago, em setembro deste ano. O jovem escapou ileso do incêndio, e o cão teve alguns pelos chamuscados. (Foto: Reprodução)

 Por: Valdenise Santos da Silva

Nenhum comentário:

Postar um comentário