Minha Gata Dhyn |
As representações estão presentes em
qualquer ser vivente. Por meio de expressões, representações simbólicas e de
forma única no ser humano, pela fala que é uma linguagem que exprime a sensação
pela qual este está passando. Quando se estabelece esta similaridade ao homem
ao mesmo tempo o coloca diante uma responsabilidade também única de expressão
não só de si como falante, mas principalmente por ter uma corresponsabilidade
com os que não têm esta capacidade, ou seja, os chamados cientificamente de
animais irracionais. Na atualidade cada vez mais o ser humano busca se
relacionar afetivamente com os animais sejam estes de estimação ou não. Esta
busca implica naturalmente por uma compreensão e ressignificação simbólica da
linguagem em especial no que se refere a sua expressão corporal que por meio do
estudo do comportamento de cada espécie é então resinificado pela ciência e
tomada como padrão comportamental passando a ser validado para uma compreensão
futura de determinado comportamento de qualquer animal da espécie estudada.
Em um ambiente natural, determinado
animal tem um comportamento eminentemente norteado por dois pontos principais:
instinto de sobrevivência e vida em matilha ou bando que segue um ciclo padrão,
pois é praticamente impossível a um animal sobreviver solitariamente já que
seria uma presa fácil para o predador. Este comportamento padrão é o que torna
possível estabelecer relações de significado sobre o que determinado animal
esta sentindo e qual a causa deste sentir.
Cada gesto é minunciosamente estudado e apreendido e algumas espécies
são similares aos humanos como os Chipanzés, por exemplo, que devido as suas
similaridades estes são utilizados em experiências científicas que tem por
objetivo entender qual reação o homem teria diante de determinada experiência
ou situação limite para o corpo humano.
Partindo inicialmente de uma
necessidade científica de entender o comportamento animal, o homem não se
limitou apenas em observar mais passou a interferir neste habitat
mortificando-o e se tornando o maior predador destes animais acabando com sua
forma de vida em detrimento de uma expansão territorial e de consumo de
recursos naturais pelo homem. Por esta relação desigual de forças algumas
espécies de animais passaram a conviver mais perto dos centros urbanos e passou-se
a observar o homem e assimilar seus padrões de comportamento estabelecendo
assim uma relação entre símbolos, em especial relacionada à alimentação e a
segurança que este busca fora da natureza, observa o humano por extinto de
sobrevivência e estabelece com este uma relação mais próxima.
Animais estão hoje na pauta não
apenas com relação a questões ligadas a estudos científicos ou eminentemente
ambientais, mas fazem parte de uma preocupação mais humana de sentimento de
pertencer entre espécies. Nesta relação o homem tem uma visão humanizada dos
animais um sentimento de preservação de ambas as espécies, em comum se tem a
consciência de que somos todos seres vivos e devemos nos relacionar de maneira
harmônica para preservação de ambos.
Nesta nova tendência de acolher os
animais com relação as suas necessidades a sociedade criou os mais diversos
organismos independentes que buscam compreender a forma como os animais
expressão suas necessidades e procuram adaptar o ambiente da melhor forma. Isto
fica comprovado quando se constata iniciativas como, por exemplo, a criação do
primeiro Hospital Público para animais na cidade de São Paulo, isto é uma prova
em conteste da busca do homem que se localiza em centros urbanos atender a uma
demanda social crescente que é hoje de se ter atendimento especializado para
animais.
Nos grandes centros urbanos a
maneira como alguém se relaciona com seu animal de estimação é em muitos casos
uma tentativa de humanização simbólica destes animais, que são tratados como verdadeiros
membros da família e isto se deram no decorrer do tempo. Foi-se estabelecendo
relações de afeto que por sua vez fazem do animal em muitos casos o centro de
afeto de uma residência e este perde assim seu instinto próprio e se aproxima
mais do ser humano.
Esta maneira simbólica esta presente
as especialidades humanas. Cada vez mais médicos veterinários se especializam e
pesquisam novas maneiras de tratar doenças em animais com certa similaridade
humana; está é mais um vertente da assimilação simbólica feita pelo homem. Esta
busca esta cada vez se ampliando com o avanço da ciência no que se refere ao
comportamento e a constituição seja na sua genética biologicamente ou em
especial neurologicamente, os animais tem seu grau de importância.
Os animais estão também sendo vistos
e considerados na escala de consumo a cada dia. Mais produtos estão sendo
fabricados para atender a necessidade humana, sendo que os animais não possuem
qualquer relação de consumo. Não compram roupas, não precisam de shampoos,
cremes ou brinquedos. Sua relação com o humano é puramente de afeto. Quando por
exemplo veem um brinquedo na mão de seu dono, ficam felizes e correm ao seu
encontro, não necessariamente pelo objeto, mas por quem esta segurando tal
brinquedo e nesse ponto os animais são bem ‘sinceros’. Não brincam na maioria
das vezes por que gostam, mas sim porque percebem que seu dono gosta da
brincadeira e com isso permanece ao seu lado (necessidade de atenção).
Esta relação de afeto por parte do
homem também não é por um simples cuidado com um ‘bichinho’ de estimação, mas
por causa de uma relação ligada a fatores como: solidão, perda de um ente
querido ou por encontrar no animal uma amizade verdadeira e sem preconceitos. Tratar
esta relação de maneira afetuosa diante da uma busca do humano por tornar o
animal mais próximo de si também de forma emocional. Não se tem nesta proximidade
de homem - animal uma relação apenas científica tanto que se dá um determinado
nome ao animal ao qual ele assimila quando é chamado e a partir desse vínculo
nos parece que a relação emocional entre um e outro vai se aprofundando, vemos
e temos reações de afeto como, por exemplo: Chegamos a casa e o animal de
estimação vem logo ao nosso encontro, queremos ver nesse ato uma relação
explicitamente humana de carinho. Olhamos para ele, buscamos perceber sua forma
de olhar e de se comportar correspondendo ao nosso pedido e ao nosso desejo de
ser buscado.
Nesse contexto se estabelece uma
particularidade com relação ao afeto e de como este se dá em alguma situação
específica que venha interromper o que o animal já assimilou em seu ciclo de
comportamento, pois o animal age instintivamente com rotinas a partir do
momento que passa a ter “donos”.
Se algo ocorre de forma diferente ao
ambiente já acostumado pelo animal como a ausência de seu dono este percebera
não pela falta que o dono faz ao seu ambiente, mas pelo semelhante que acha que
tem enquanto espécie. Por esta razão tem comportamentos parecidos com o do
homem que fica triste com a ausência de algo ou alguém que participa de sua
vida, não se alimenta direito, não procura, mas chamar a atenção das pessoas da
casa entra outros. Tudo isso se percebe no animal quando ele se sente só, pois
seu ambiente é o familiar e se ele cresceu já dentro de um ambiente de quatro
paredes e não conheceu seu habitat, logo ele ficará doente com as mudanças de
comportamento de seu dono.
O carinho humano modifica tanto o
animal que muitos parecem nos entender completamente. Alguns adquirem
semelhanças tão próximas que acabam nos assustando com iniciativas que achamos
que não são capazes ou que isso ou aquilo chamam sua atenção.
Agora como um animal consegue
sentir sentimentos tão próximos ao nosso? E como um animal sabe que voltarei
para casa? Seus sentidos os fazem parecer conosco? Ou existe outra forma de
comunicação, que não percebemos mais que usamos com eles? Será que ao ter uma
atitude com meu ‘bichinho’ de estimação eu consigo passar para ele as sensações
que tenho quando as faço com ele?
A partir dessas perguntas não posso
mais dizer que meu gato ou cachorro agem de certa forma por causa da rotina que
já se habituou, pois como vou explicar a atitude de animais que agiram para
salvar seus donos ou mesmo uma pessoa qualquer. Será que nos delimitamos a
pensar que os animais só conseguem nos fazer sorrir e correr atrás de
brinquedos? E o que é que o animal então não pode?
Alguns Exemplos de Animais Heróis tirados de:
http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/0,,MUL1321486-6091,00-CONHECA+SETE+ANIMAIS+HEROIS+QUE+SALVARAM+SEUS+DONOS.html
1 - Ronnie foi pescar atum nas águas agitadas da baía de Puerto Princesa,
quando uma tempestade veio sobre ele e virou o barco de cabeça para baixo. Após
lutar 24 horas com as ondas, em um bote, Ronnie já estava perdendo as forças,
quando veio do nada um bando de cerca de 30 golfinhos e um par de baleias e
começaram a empurrar de ambos os lados. Os golfinhos começaram alternadamente a
empurrar o pequeno bote salva-vidas com suas nadadeiras peitorais em direção a
terra. Ronnie disse que desmaiou enquanto os golfinhos realizavam a tarefa de
lhe empurrar para a praia, quando acordou já estava na praia de Barangay onde
foi ajudado pelos moradores locais.
2 - A americana Debbie
Parkhurst, de 45 anos, estava comendo uma maçã em sua casa em março de 2007
quando um pedaço da fruta entalou em sua traqueia. Quando já começava a
sufocar, ela foi salva por uma massagem de seu cão de estimação chamado 'Toby'.
(Foto: Cecil Whig/AP)
3 - O pastor alemão Buddy conseguiu salvar uma vida em setembro de 2008. O cão ligou para o serviço de emergência (911) en Phoenix, nos Estados Unidos, quando seu dono, Joe Stalnaker, passou mal em casa. Cão pressionou uma tecla já programada e telefonou para o 911. (Foto: AP)
4 - Um adolescente chileno de 15 anos foi salvo de um incêndio pelo próprio cachorro, em Concepcíón, a 500 quilômetros de Santiago, em setembro deste ano. O jovem escapou ileso do incêndio, e o cão teve alguns pelos chamuscados. (Foto: Reprodução)
3 - O pastor alemão Buddy conseguiu salvar uma vida em setembro de 2008. O cão ligou para o serviço de emergência (911) en Phoenix, nos Estados Unidos, quando seu dono, Joe Stalnaker, passou mal em casa. Cão pressionou uma tecla já programada e telefonou para o 911. (Foto: AP)
4 - Um adolescente chileno de 15 anos foi salvo de um incêndio pelo próprio cachorro, em Concepcíón, a 500 quilômetros de Santiago, em setembro deste ano. O jovem escapou ileso do incêndio, e o cão teve alguns pelos chamuscados. (Foto: Reprodução)
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